quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Perdida...



Hoje acordei perdida.

Há alturas assim.

Não sabemos quem somos, onde estamos, nem sequer o dia que é.

Realmente, não sei bem se já faz parte da senilidade que todos os dias nos quer atacar e que se enraíza no nosso ser, ou uma eventual crise de identidade.


Provavelmente terá sido apenas pelo dormir profundo bruscamente interrompido pelo ritual diário, que só muda de melodia.
Aí, na escuridão do quarto, os olhos abrem-se e, pouco a pouco, reconhecemos aquilo que nos é mais familiar. E pensamos, “Mais um dia…”. Mas que dia? Quarta, Quinta? Esta é sem dúvida a parte que mais custa a perceber. Tentamos fazer pontes com o “Que é que fiz ontem?”, “Quanto tempo estamos do fim-de-semana?”.
É então que a nossa agenda mental nos informa que não é Quinta, que hoje é Quarta e o fim-de-semana está mais longe que o que se espera. Que afinal mais um dia de trabalho nos aguarda impacientemente, e que realmente tem de ser: TEMOS QUE NOS LEVANTAR…

Deixamos o afago do parceiro, o aconchego dos lençóis, os sonhos, rolamos na cama e já está: um novo dia começou.
Foto: A Persistência da Memória, Salvador Dali

1 comentário:

Nobody Things disse...

O melhor sono é sempre o interrompido...

por vezes é necessário um empurrão para ter um novo olhar sobre o mundo...

mas na maior parte da vezes é só o raio do despertador a estragar-nos os sonhos. :P


Gostei do que li.
Bjs