sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ainda Henry Miller...

...Desde a primeira vez que te vi considerei-te um amigo. Para mim isso quer dizer apenas uma coisa: que nada que me peças é demasiado, que és livre, não, mais que livre, de vires apoderar-te sem que eu to diga do que eu tenho para te dar... Que nenhum pensamento te seja oculto, nem sejam guardados segredos...

in Moloch, Henry Miller

Escritus (III)

...A sua pequena boca de Cupido, que beijara descuidadamente, parecia uma armadilha equipada de fios e roldanas invisíveis que a faziam abrir-se e fechar-se com uma cadência mecânica que o fascinava e repelia ao mesmo tempo. Quando a dobradiça se movia, e a armadilha se abria, ele podia ver os tensos filamentos da sua língua cor de gerânio. Agitava-se como uma cauda de cão-de-água, a língua dela. Nunca parava de se agitar. Quando a armadilha se abria a língua saía e batia contra um lábio inferior cheio ou delizava reptiliscamente por uma margem de molares de pérola rendilhada. Nessa manhã tinha reprimido a louca ideia de saltar sobre ela e arrancar-lhe a maldita coisa da boca à dentada...

in Moloch, Henry Miller

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sweet sweet London...

Great company and a wonderful Hot Chocolate!

Sweet London, sweet 12 years!

Foto: Londres 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

Parabéns Pai...


“Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai.”
Sigmund Freud



Obrigada pela tua presença, pelo teu amor, pela tua protecção.

E porque existes, obrigada.

E porque existo, obrigada.

Parabéns por esta data, e que esta se repita, com a presença de todos, por pelo menos outros tantos anos.

Foto cedida por AndreasF. em www.photocase.com

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A morte...


A morte beijou a minha semana.
Não que tivesse sido a primeira vez, nem o pior beijo da minha vida. Este apenas foi o primeiro que aqui posso comentar.
Ao longo de todos estes anos já perdi pessoas muito especiais. Pedaços da minha vida que não voltam mais, e que apenas posso recordar. Uma memória que ao mesmo tempo me preenche e dói. Com o tempo essa memória vai-se esbatendo, cada vez fica mais ténue. Por mais que tente recordar com exactidão, o meu subconsciente atraiçoa-me e só deixa transbordar pedaços; são traços, frases, momentos instantâneos.
E quando ocasiões destas se repetem, mesmo que indirectamente, sentimos de novo um vazio, como se tivesse sido ontem a nossa separação.
Morte, não quero mais os teus beijos, nunca mais.

Foto cedida por fpaa em www.photocase.com