Eu gosto de sonhar.
Há até bem pouco tempo, eu sonhava todas as noites.
Por alguma razão que desconheço, deixei de sonhar, ou pelo menos de me lembrar do que sonho.
E isso faz-me falta. Sinto falta do acordar e tentar estabelecer contacto com a realidade, esmorecer a barreira entre o real e a ilusão. Sinto falta de poder contar, rir ou chorar das situações vividas nos sonhos.
Há sonhos que relembram uma realidade há muito esquecida, e que deixam em nós sentimentos de nostalgia e saudade. E como é bom sonhar com alguém de quem se tem saudade!
Há-os que nos ficam na memória por vários anos, fruto de recordações boas ou más e que, por mais que tentemos, não conseguimos adormecer e retomar esse sonho no ponto onde ficámos.
E ainda aqueles que nos atormentam, e que repetidamente nos assombram como um prognóstico de destino.
Dizem os populares que "O sonho comanda a vida". É por isso que mesmo acordada, gosto de sonhar.
E nos meus sonhos viajo para mil e um lugares, sou mil e uma pessoas, realizo mil e um desejos. Combato os meus medos, ultrapasso as minhas fronteiras, escalo os problemas e no final a realidade surge mais suave, menos rude, no entanto real.
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